Na década de 60 surgiram as primeiras
teorias de Enfermagem, por exemplo:
A sinergística - relação com o cuidado de
enfermagem;
A homeostática – segue a teoria dos
sistemas;
Teorias de Imogenes King e Martha
Rogers.
Teoria Homeostática
1961 – Wanda McDowell;
Relação entre a enfermagem e a
homeostasia;
O paciente comunica informações sobre
ele e suas condições;
O enfermeiro colhe as informações por
observação e comunicação;
Possíveis atitudes do enfermeiro:
- Passar as informações verbalmente ou
por escrito - monitor;
- Comparar a informação da condição atual
do paciente com o ideal – monitor e
comparador do sistema;
- Reconhecer a discrepância entre o estado
atual do paciente e o normal e iniciar uma
ação para atuar nessa diferença –
monitor, comparador e regulador do
sistema.
Exemplo
Verificação da PA = 100 mmHg/60 mmHg.
- Monitor – anota a verificação e talvez informa o
superior na hierarquia;
- Monitor e comparador – anota o valor da PA,
mas compara com o valor na internação 150
mmHg/100 mmHg, percebe a discrepância e
informa ao médico;
- Monitor, comparador e regulador – anota,
comunica ao médico e implementa ações para
melhorar o quadro apresentado.
Os papéis de monitor, comparador e
regulador têm como objetivo a
manutenção da homeostasia do paciente;
O papel de regulador apresenta alguns
limites para a enfermagem por exigir um
inter-relacionamento entre a enfermagem
e a medicina;
Alguns casos podem ser resolvidos por
medidas tomadas pela enfermagem, mas
quando o quadro de flutuação do paciente
vai além dos limites normais, a ordem
médica precisa ser seguida.
Teoria Holística
1967 – Myra E. Levine;
A visão do homem como um “todo”
dinâmico e em constante interação com o
ambiente dinâmico;
A enfermagem é conservadora das
energias do paciente e o enfermeiro uma
extensão do sistema perceptual do ser
humano quando nele houver uma lesão;
Do nascimento até a morte cada indivíduo
mantém e defende seu todo;
Há uma tendência em dividir o homem –
corpo-espírito, alma-matéria;
A integridade do homem é conseguida por
sua adaptação a quatro níveis de resposta
do organismo, as quais são
fisiologicamente determinadas para que
haja a interação do homem com seu
ambiente interno e externo, a saber:
Resposta ao medo – é a primeira e mais
primitiva das respostas, é instantânea, é o
preparo do organismo para a luta, age o
sistema nervoso simpático;
Resposta inflamatória – é uma
concentração de energia sistematizada
para excluir ou remover um material
estranho ao organismo;
Resposta ao “stress” – é uma resposta a
longo prazo, mudanças induzidas nãoespecíficas
dentro de um sistema
biológico;
Resposta sensorial – o mundo tem
significado para o indivíduo a partir de
suas experiências.
A interação enfermeiro-paciente depende
desse conjunto perceptual nos dois
indivíduos.
Para a teoria holística a enfermagem
sempre se caracterizou por seu objetivo
humanístico;
Os quatro princípios de conservação:
- A intervenção de enfermagem baseia-se
na conservação da energia do indivíduo;
- A intervenção de enfermagem baseia-se
na conservação da integridade estrutural
do paciente;
- A intervenção de enfermagem baseia-se
na conservação da integridade pessoal do
paciente;
- A intervenção de enfermagem baseia-se
na conservação da integridade social do
paciente.
Teoria de Imogenes King
1968 - 1971 – teoria baseada nos
conceitos gerais do comportamento
humano;
Foco central – o homem, o dinamismo do
organismo humano;
Quatro palavras símbolos – sistemas
sociais, saúde, percepção e relações
interpessoais;
Os conceitos dizem o que observar e
ajudam o enfermeiro a focalizar e
selecionar os aspectos da realidade;
Propósitos a ser atingidos:
- Pensar sobre o mundo real da
enfermagem;
- Selecionar conceitos percebidos como
fundamentais para a prática de
enfermagem;
- Experiências dentro das situações de
enfermagem no ambiente físico,
psicológico e social.
Proposições
A enfermagem é um comportamento
observável, encontrado nos sistemas do
cuidado da saúde na sociedade;
A enfermagem é um processo de ação, reação,
interação e transação entre indivíduos e grupos
num sistema social para alcançar objetivos de
saúde ou ajustamento aos problemas de saúde;
A função específica da enfermagem é assistir os
indivíduos com problemas de saúde ou ajustálos
nas interferências em seus estados de
saúde;
O enfermeiro trabalha com indivíduos, com
grupo ou grupos correlacionados, não com
indivíduos isolados.
Teoria Sinergística
1969 – Dagmar E. Brodt;
A confortante mistura de conhecimentos e
habilidades que protegem um paciente de
sua fraqueza e mobilizam suas forças
para a recuperação são os resultados das
ações sinergísticas da enfermagem.
Dimensões para a ação de enfermagem:
- A preservação das defesas do corpo;
- A prevenção de complicações;
- O restabelecimento do relacionamento o
paciente com o mundo exterior;
- A detecção de mudanças no sistema
regulador do organismo;
- A implementação da terapêutica prescrita
pelo médico e outras atividades de
diagnóstico;
- A provisão de conforto.
Os cuidados de enfermagem, aplicados
em conjunto e ao mesmo tempo surtem
efeitos satisfatórios enquanto que os
aplicados isoladamente têm efeito restrito;
O resultado sinergístico da ação de
enfermagem e os elementos do ciclo do
processo de enfermagem;
Pode-se destacar tais elementos como:
Avaliação das respostas do paciente à sua
doença em termo de conhecimento científico de
todos os campos relevantes da ciência;
Planejamento de métodos dinâmicos de ação
para atender a estas respostas;
Implementação de planos dinâmicos interrelacionados
e simultâneos. Levantamento das
respostas dos pacientes para as ações de
enfermagem;
Continuação do processo visando ao bem-estar
do paciente e um ciclo para a sua recuperação.
Teoria da Adaptação
1970 – Sister Callista Roy;
O homem é o recipiente do cuidado de
enfermagem;
O continuum saúde-doença;
A adaptação do homem ao continuum
saúde-doença e a enfermagem;
A adaptação compreende todas as formas
conscientes e inconscientes de
ajustamento à condições do ambiente que
o homem confronta;
A teoria de Helson propõe os três tipos de
estímulos que o indivíduo confronta:
- O estímulo focal;
- O estímulo contextual e;
- O estímulo residual.
Teoria de Martha Rogers
É uma teoria dedutiva, parte do geral para
o particular, substantiva, usa modelos de
abrangência universal, e predicativa,
descreve, especifica e prediz o fenômeno;
Utiliza linguagem geral, científica e
simbólica;
O homem como um todo – ser biológico,
psicológico, sócio-cultural e espiritual;
Instrumentos e valores – a imaginação e a
criatividade;
Não apresenta procedimentos ou
processo de enfermagem.
Conceitos utilizados
Enfermagem
- Uma ciência e uma arte;
- Seu objetivo é cuidar das pessoas para
que atingirem seu potencial máximo de
saúde;
- A enfermagem busca o preenchimento
das necessidades humanas.
Enfermeiro
- Um agente de mudanças;
- O enfermeiro de amanhã será diferente
dos de hoje, o de hoje é diferente dos
passados;
- Motivação para a aplicação dos
conhecimentos e para investigar e
pesquisar.
Conteúdo da obra
- A enfermagem é uma epopéia de serviços
à humanidade;
- A enfermagem interessa-se pelo
indivíduo;
- Habilidades intelectuais.
Teoria das Necessidades
Humanas Básicas
A teoria se apóia na homeostase ou
hemodinâmica, no equilíbrio;
Baseada a partir da teoria da motivação
humana, de Maslow, que se fundamenta
nas necessidades humanas básicas.
O ser humano é parte integrante do
universo dinâmico, sujeito a todas as suas
leis, em constante interação com o
mesmo e essa dinâmica provoca no
homem estados de equilíbrio e
desequilíbrio;
O ser humano é único, autêntico e
individual;
Os desequilíbrios geram no ser humano
necessidades.
A enfermagem é parte integrante da
equipe de saúde;
A enfermagem atende as necessidades
humanas básicas, buscando o equilíbrio
do ser humano, ou seja, a saúde.
Conceitos, proposições e princípios:
- Enfermagem: ciência e arte;
- As funções do enfermeiro: específica,
interdependência ou parcial;
- A enfermagem mantém a unicidade, a
autenticidade e a individualidade do ser
humano; é prestada ao ser humano;
- O método científico da enfermagem é o
processo de enfermagem.
Referências Bibliográficas
HORTA, W. de A.Processo de
enfermagem. São Paulo: EPU, 1979